Feliz Natal!
A ACIB deseja aos associados e comunidade um Natal cheio de paz e que seja um momento de...
Foi realizada na noite desta segunda-feira, 20 de novembro, na sede da Associação Empresarial de Brusque (ACIBr), a reunião de diretoria da entidade, que contou com a presença do secretário estadual de Defesa Civil, Rodrigo Moratelli, além de presidentes das demais ACIs da região. A Acib foi representada pelo presidente Avelino Lombardi e diretores Rui Hansen, Paulo Kuroski, Flavia Kurth, Renato Medeiros, Manfredo Krieck, Marcos Zata Borges, além do diretor executivo Charles Schuwanke. Participaram também do encontro o prefeito de Brusque, Jonas Oscar Paegle e seu vice, Ari Vequi, o vice-prefeito de Guabiruba, Valmir Zierke, o vice-prefeito de Botuverá, Alcir Merizio, o vereador de Brusque, Claudemir Duarte, o presidente da Câmara de Guabiruba, Cristiano Kormann, o presidente da Câmara de Botuverá, Alesc Sandro Venzon e o secretário executivo da ADR Brusque, Ewaldo Ristow Filho.
“Nossa casa estava cheia e isso demonstra a importância do tema, não apenas pelo Plano de Contingência da Defesa Civil, como também pelo andamento do projeto da Barragem de Botuverá. As ações precisam estar interligadas, porque quando se mexe com Blumenau, isso traz reflexos para Itajaí, por exemplo. E a Barragem vai afetar os municípios de Botuverá, Guabiruba, Brusque, Itajaí, Navegantes, Balneário Camboriú e Camboriú. Vamos continuar lutando para que se consiga, no menor prazo possível, o início das obras. Mês que vem deve acontecer uma consulta pública em Botuverá e nós estaremos participando”, afirma o presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter.
Na oportunidade foi realizada mais uma edição do movimento Voz Única, um projeto fomentado pela Facisc, que unifica a voz do empresariado em torno das mesmas questões e bandeiras defendidas para o desenvolvimento econômico de Santa Catarina. Também participaram do encontro o vice-presidente da ACIG Gaspar, Nelson Alxandre Bornhausen, e a diretora da ACII Itajaí e VP Facisc Regional Vale, Maria Izabel Pinheiro Sandri.
Defesa Civil
O secretário estadual de Defesa Civil, Rodrigo Moratelli, reiterou a importância desta união que observou no encontro de ontem. “As mudanças só vão acontecer se estivermos alinhados. Hoje, a forma de gerenciar a Defesa Civil é transversa e funciona em todas as esferas, pública, associativista e privada. Buscamos proteger o patrimônio social, a vida das pessoas e a continuidade do crescimento regional, com a menor perda fiscal, porque tudo se soma positivamente. E a parceria traz frutos positivos em todos os municípios que compõem o Estado”, destaca.
Hoje, Santa Catarina está 100% coberta por radares meteorológicos para alertar as equipes que trabalham em situação de emergência. Através do Centro Integrado de Gestão de Riscos e Desastres de Santa Catarina (CIGERD) é possível informar se uma rodovia está bloqueada ou se há alguma crise biológica animal, por exemplo. “São informações integradas, não só por SMS ou mídia social. No início de 2018 vamos lançar também aplicativos móveis. Assim o cidadão pode saber qual a ameaça que está exposto no endereço de monitoramento, o abrigo mais próximo, a rota de fuga, entre outros”, pontua.
O CIGERD está localizado em Florianópolis e mantém 20 centros regionais integrados. Em momentos de crise, como uma enchente, a resposta e mobilização estadual agora é mais rápida e efetiva. “Em caso de alerta de vento forte, é possível mobilizar a Celesc para ficar de prontidão, no sentido de religar a energia. Não precisamos mais esperar acontecer. Quanto mais rápido se atende, menos chances se têm de transformar uma crise em desastre. O gerenciamento de risco faz o que já era feito, mas agora no tempo certo”, enfatiza.
Também está sendo finalizado um estudo que mapeia 100% do território catarinense sobre os riscos geológicos e hidrológicos. Através dele será possível fazer uma comparação com o Plano Diretor dos municípios, as áreas de zoneamento e ocupação. Ou seja, serão listados os endereçamentos de áreas seguras e a morfologia especifica de cada local para determinar futuras instalações de indústrias, comércios, edificação multifamiliar e economia rural.
“Não queremos que a crise se transforme em um desastre. Problemas de ocupação urbana sempre vão existir e nós precisamos estar preparados para que a crise não se transforme em desastre”, ressalta.
Barragem de Botuverá
O secretário estadual de Defesa Civil explica que todas as obras são sempre projetadas com o menor impacto ambiental, social e econômico. Por isso, se passa mais tempo dialogando sobre os impactos ambientais do que na execução da obra.
“O projeto da Barragem de Botuverá não está na gaveta. Ele está finalizado e o edital está pronto, só precisa lançar. Até agosto deste ano deveriam estar prontas a análise das condicionantes ambientais e dos novos limites, feitas pelo ICM Bio. Os novos limites já estão prontos na Casa Civil e uma consulta pública foi marcada para o dia 13 de dezembro, na Câmara de Vereadores de Botuverá. Ainda não vi essa análise final. Mas o licenciamento ambiental ainda não terminou. Só com isso em mãos iniciamos o processo licitatório”, observa.
A previsão é que as obras na Barragem de Botuverá sejam executadas em 24 meses. O principal desafio será o canal de transferência do rio.
Avaliação
Morador de Brusque há 45 anos, o prefeito Jonas Oscar Paegle conhece muito bem os efeitos negativos das enchentes no município. Profissional da área da saúde, ele acompanhou muitas mortes relacionadas com as cheias do rio, além da falência de empresas, pessoas sem moradia e capital.
Hoje, enquanto prefeito, acompanha ainda mais de perto os prejuízos provocados pela chuva. “Principalmente em bairros como Azambuja, Primeiro de Maio e Nova Brasília. A Barragem de Botuverá contribui para a melhora das enchentes e ainda vai servir como reservatório de água e uma possível usina hidrelétrica. Estamos aqui reunidos em torno de um planejamento maior, para criar ideias sólidas e nos tornarmos fortes politicamente para reivindicar melhorias como esta”, salienta.
O secretário executivo da Agência de Desenvolvimento Regional de Brusque, Ewaldo Ristow Filho, avaliou como importante a reunião porque proporcionou o encontro entre empresários e representantes políticos da região. “Acompanhamos a explanação sobre a prevenção e contenção de cheias, não apenas aqui, mas todo um projeto global e de longo prazo em Santa Catarina. São ações avançadas, com bastante tecnologia e importantes para o desenvolvimento econômico do Estado”, observa.
Com informações de Guédria Motta/Ideia Comunicação