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Cerca de 45% das empresas participantes de uma pesquisa relacionada às startups do Vale do Itajaí têm até três funcionários, ou seja, são empresas em crescimento. Aproximadamente 25% já faturam acima de R$ 1 milhão e 77% são formalizadas. Esses foram alguns dados apresentados pelo professor da Furb Mohamed Amal na reunião de diretoria da Acib desta segunda-feira (16). A pesquisa foi promovida pelo Núcleo de Inovação da Acib em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Administração da Furb e o Instituto Gene, entre março e maio de 2018, com uma amostra de 48 organizações.
Das empresas participantes mais de 70% atuam em áreas de exatas, como criação de softwares, aplicativos, equipamentos eletrônicos e projetos de engenharia. Sobre o perfil do empreendedor, Amal destacou que 63% tem dedicação exclusiva ao seu negócio.
Para 50%, os desafios constantes são a motivação para a criação da startup.Em torno de 45% dos respondentes afirmaram que o sonho de ter seu negócio próprio foi a motivação.
“As fontes de informação sobre empreendedorismo deixam de ser os cursos e instituições tradicionais. Cerca de 85% se informam em eventos e palestras; 83% buscam livros, revistas, internet. Essa categoria de empresa aprende interagindo”, afirmou Amal. Com relação ao tipo de startup, a pesquisa aponta que 50% são empresas que querem gerar uma inovação e vender a empresa. Aumentou o percentual de empresas focadas em produto (cerca de 25% contra 20% na pesquisa anterior, realizada em 2016). Da mesma forma, cresceu o percentual de empresas voltadas para defender uma causa (15% versus 8% na pesquisa anterior).
Quanto aos canais de comercialização, a grande maioria é B2B, em diferentes modalidades. O investimento privado é a maior fonte de recursos financeiros, em torno de 45%, oriundo de capital anjo, parentes, etc. As faixas de financiamentos para 45% das empresas ficam entre R$ 30 mil e R$ 100 mil. Entre as barreiras e desafios apontados aparecem: burocracia, poucos colaboradores, rentabilidade baixa, falta de recursos humanos.
A coordenadora do Núcleo de Inovação, Ilisangela Mais, comentou sobre o foco dado pelo núcleo no ano passado para as startups. “Para sabermos como atuar era importante refazer a pesquisa para entender melhor esse segmento”, apontou. Ela também observou a evolução de Blumenau na área de inovação, reconhecimento dado inclusive pela Acate, cujos dados mostram que Blumenau ficou à frente de cidades como Campinas, por exemplo.
De acordo com a pesquisa da Acate, Blumenau, berço do ecossistema catarinense de tecnologia, continua sendo um dos principais destaques do Estado e chamando atenção nacionalmente. Seu polo tecnológico ocupa a quinta posição no ranking de faturamento médio, com R$ 1,68 milhão. Em Santa Catarina, o Vale do Itajaí é a região que concentra o segundo maior número de empresas, são 3,3 mil negócios na área de TIC. Também é vice-líder em número de empreendedores, com 4,3 mil, e quantidade de colaboradores, com 10,3 mil.